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Esperança feminina

  • Foto do escritor: Susan Duarte
    Susan Duarte
  • 3 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de fev. de 2023

30 de junho de 2022: final de semestre.

Pra mim, confesso: jurei que era 31 de dezembro.


O calendário gregoriano ocidental informou-me, na última quinta-feira, que recém era dia 30 de junho de 2022. Sim, recém! Incrédula, não quis acreditar. Os números não mentem, tampouco a minha própria senciência: encerrei o primeiro semestre tal e como, genuinamente, encerra-se um ano - exausta.

Novos começos pressupõem novas esperanças.

E justamente por isso, hoje, proponho uma poção mágica para tamanho cansaço: refiro-me à ela, que mora no porvir, lá longe, no vir a ser, cuja força motriz detém a potência de nos mover exatamente aqui e agora - a esperança.


Para refletir

Desconfio de que a esperança é feminina porque só as mulheres sabem ser loucas. A esperança de Quintana também é assim: bem louca, da pá virada, e menina.

"Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano

Vive uma louca chamada Esperança

E ela pensa que quando todas as sirenas

Todas as buzinas

Todos os reco-recos tocarem

Atira-se

E — ó delicioso voo!

Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,

Outra vez criança…

E em torno dela indagará o povo:

— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?

E ela lhes dirá

(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)

Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:

— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…"

A esperança por Mário Quintana.


Para apreciar

Na obra de Klint, austríaco e meu simbolista favorito, a esperança é retratada em forma de mulher. Logo adiante dos seios fartos dessa mulher, toda multiplicação e renovação e nutrição da vida é possível.

Afinal, a alma feminina é o berço de criação de todas as outras almas.

Somos bruxas, santas, hereges, feiticeiras, mães, alquimistas, fadas, insensatas, perfeitas, errantes. Somos tantas que somos tudo, e o mundo inteiro nasce de nosso próprio ventre e cresce ao redor de nossas saias, habitando em nossa própria esperança.

Esperança, Gustav Klint. 1903.
Esperança, Gustav Klint. 1903.

Para ouvir

A esperança ativa implica o cultivo das sementes do amanhã. Dedique-se à boa semeadura e a sua colheita será abundante. Duvida? É uma das regras da vida, não discuta com o que é. A canção Sementes do amanhã, por Gonzaguinha, de seu álbum Grávidos, de 1984, é outro profilático indicado.


Esperanças - renove as suas. Acredite, estou aqui do outro lado no ato penoso de renovar as minhas.


Limpe os armários, faça faxina, desapegue, durma um pouco mais, recupere-se, reconsidere, questione-se, ajuste a rota, repense as metas, abra espaço, abra a mente, dilate o coração, amplie a percepção, vá a lua e volte de novo, não importa:

Só não entregue os pontos.

Reserve essa tarefa non grata para o dia 31 de dezembro, apenas lá.


O ano de 2022, triplamente duplicado em seus numerais, exige-nos em sua intensidade ao passo que presenteia-nos em sua duplicidade: um segundo ano, dentro do mesmo ano, acabou de começar. Aproveite!

Nós podemos tudo, nós podemos mais, vamos lá fazer o que será!

Basta um coração disposto, provido de esperança... E voilà!


Até sempre,

Susan Duarte

Ceo & Founder Zeitgeist iD | A sua marca no espírito da época.

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POOL DE REFERÊNCIAS

  1. A coragem da esperança. Leandro Karnal https://amzn.to/3ul1cmy

  2. Poema de Mário Quintana.

  3. Obra de Gustav Klint "Esperança". https://amzn.to/3yNLyTD

  4. Melhores poemas de Mário Quintana. https://amzn.to/3a9VLQy




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