Kandinsky uniu o Brasil
- Susan Duarte

- 30 de out. de 2022
- 2 min de leitura
No primeiro domingo de eleições, último dia 2 de outubro, eu sonhei que o Brasil inteiro havia dado as mãos. Hoje, domingo de 2º turno, tive que sonhar mais alto, à beira da fantasia, ultrapassando a última fronteira do devaneio, quase uma quimera: sonhei que Kandinsky uniu o Brasil.
Antes de me chamar de louca, eu explico.
Jamais vi meu país tão polarizado. O aumento da polaridade é inversamente proporcional à humanidade: a primeira cresce exponencialmente em detrimento da segunda. Opiniões diferentes, vontades distintas, interesses díspares. Todavia, há um coração uno, o da nação, que pertence a mesma Mãe Gentil, nossa pátria amada, Brasil.
Chame de utopia, se quiser. Prefiro chamar de esperança. E acredito nela até o fim, até depois do fim. E pra qualquer novo começo, ela será sempre a premissa da continuidade. Que sejamos, portanto, humanos, já que brasileiros, quiçá, unidos, por ora, pareceu-me, de repente, (im)possível!
O denominador comum do coração brasileiro é a alegria. Como tem sido difícil sorrir debaixo do sol, cá neste nosso Reino da Terra, o sol por si próprio resolveu sorrir pra nós, num manifesto de simpatia e esperança.
Ao ver a fotografia da Nasa, quase pude sentir o Sol Sorridente a piscar o olho direito pra mim, bem malandro, risonho, persuadindo-me a crer na alegria, porque ainda há motivos pra sorrir.
Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia possa supor.
Shakespeare mais lúcido e certo do que nunca!

Depois de ver o sorriso do Sol, assim que eu o vi no céu outra vez, não pude deixar de sorrir de volta. Pisquei meu olho e disse a ele:
Entendi, Sol do Sorriso.
Afinal, sentir o teu calor e ver a tua luz já é, por si só, a dádiva da alegria.
Para refletir
Feito Kandinsky, será que o Brasil e seus filhos de Azul-Vermelho-Amarelo podem coexistir?
E se a gente tentasse dar as mãos?
Para apreciar
Kandinsky para as eleições brasileiras.
Azul, Vermelho, Amarelo, não importa. Porque todos são filhos e filhas da mesma Mãe e, portanto, cabem no mesmo coração.

O abstracionismo abraça todas as formas e possibilidades. O respeito, por sua vez, inclui todas as divergências num denominador só - a tolerância.
Para ouvir
E são meus inimigos, e são amigos meus.
Sejam anjos bons ou anjos maus, escolher a humanidade, em termos práticos, é preservar a tolerância.
Que os senhores deuses nos protejam de tanta mágoa!
Amém, Cazuza.
Amém.
Até sempre,
Susan Duarte
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